Estudos recentes sobre a absorção de luz pela pele estão gerando inovações significativas no campo dos diagnósticos médicos. Cientistas estão propondo algoritmos para medir a absorção de luz por equipamentos ópticos, visando sua aplicação em aplicativos para avaliar a circulação sanguínea, oxigenação dos tecidos e outras funções relacionadas à saúde.
Os pesquisadores do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP estão investigando como a pigmentação da pele, especialmente a melanina, influencia os diagnósticos e tratamentos baseados em luz. Eles desenvolvem algoritmos para medir a absorção de luz, visando melhorar a avaliação da circulação sanguínea e da oxigenação dos tecidos.
O professor George Cardoso, da FFCLRP, destaca a importância de compreender como a cor da pele afeta os procedimentos ópticos e terapêuticos, especialmente em pacientes com alta quantidade de melanina. Ele ressalta a necessidade de tecnologias sensíveis a diferentes tonalidades de pele, considerando a diversidade presente no Brasil.
Os estudos também têm relevância para aprimorar dispositivos médicos, como oxímetros de pulso, que avaliam a saturação de oxigênio no sangue. Pesquisas recentes mostram que esses dispositivos podem ser menos confiáveis em pacientes com pele mais pigmentada, destacando a importância de estudar a influência da pigmentação da pele em equipamentos médicos.
O professor Theo Pavan, da USP, enfatiza que os estudos visam melhorar nossa compreensão da interação entre a luz e a pele, garantindo que não haja viés nos resultados dos diagnósticos e tratamentos. Essas pesquisas têm potencial para promover avanços significativos na saúde, especialmente em contextos de terapia e diagnóstico.
Via: USP