Pesquisas recentes oferecem novas esperanças para a cura e vacina contra o HIV.
O HIV, vírus causador da Aids, é conhecido por sua rápida mutação, o que dificulta o desenvolvimento de vacinas e tratamentos eficazes. No entanto, novas pesquisas trazem avanços significativos na luta contra o HIV.
Um estudo conduzido por cientistas da Weill Cornell Medicine, em Nova York, revelou um novo teste capaz de avaliar a persistência do HIV em indivíduos com diferentes variantes do vírus, predominantes na África. A pesquisa, publicada na Nature Communications, destaca a importância de estudar cepas virais regionais para desenvolver tratamentos globalmente eficazes.
A Dra. Guinevere Lee, principal autora do estudo, enfatiza: “Para uma cura universal, precisamos explorar as variantes que afetam diversas regiões do mundo, não apenas as prevalentes em países desenvolvidos.”
A pesquisa analisou células imunológicas CD4+ T de 16 mulheres e 7 homens em Uganda, identificando as variantes A1 e D como predominantes, em contraste com a cepa B, comum no Ocidente. A equipe adaptou testes laboratoriais para identificar essas variantes e está investigando seu impacto na persistência viral.
Paralelamente, estudos pré-clínicos realizados por instituições como o Instituto Scripps e o MIT indicam progressos na criação de anticorpos raros capazes de combater diversas cepas do HIV. Publicada em Science e outros periódicos científicos, a pesquisa destaca uma nova abordagem para vacinas, que envolve a estimulação do corpo a produzir anticorpos neutralizantes amplos, chamados bnAbs.
Os pesquisadores usaram um “imunógeno de iniciação” para estimular células precursoras, conhecidas como células B, a produzir esses anticorpos. O objetivo é criar bnAbs da classe VRC01, eficaz contra mais de 90% das cepas do HIV, e explorar outras classes de bnAbs, como BG18.
Mark Feinberg, presidente da IAVI, expressou entusiasmo com os resultados: “Esses achados reforçam a estratégia para o desenvolvimento da vacina contra o HIV e estamos ansiosos para continuar nossa colaboração para avançar na pesquisa.”
Essas descobertas recentes oferecem novas esperanças para uma vacina e cura mais eficazes contra o HIV.