A nova indústria biofarmacêutica
A explosão de diagnósticos e produtos terapêuticos digitais, o aumento da abordagem centrada no paciente, dados que se comunicam em diferentes plataformas e maior colaboração regulatória são sinais das mudanças que as novas tecnologias estão promovendo no setor de saúde.
Diante desse cenário, como o setor biofarmacêutico pode se preparar? Como adaptar os modelos operacionais e de negócios para aumentar a competitividade?
Em janeiro de 2019, a Deloitte conduziu a pesquisa “Biofarmacêutica do futuro”, com 38 líderes do setor, incluindo executivos de manufatura, pesquisa e desenvolvimento, marketing, estratégia e inovação da indústria biofarmacêutica, além de empresas e startups de tecnologia, acadêmicos, médicos e pacientes.
Os participantes acreditam que a transformação digital pode permitir a inovação de produtos e serviços, aumentar o envolvimento do cliente e melhorar a execução das operações:
- Em pesquisa e desenvolvimento (P&D), a transformação digital tem o potencial de melhorar consideravelmente a produtividade, aplicando inteligência artificial (IA) e biologia computacional à descoberta e ao desenvolvimento de medicamentos, tornando os ensaios clínicos muito mais eficientes.
- Na área comercial, a abordagem mais centrada no paciente e a aplicação dos princípios da ciência comportamental podem levar a melhores resultados para o paciente. O marketing com base em pessoas para prestadores de serviços de saúde pode levar a uma maior conscientização e ação do mercado.
- Em logística, as redes de suprimentos digitais podem resultar em maior visibilidade do produto, rastreabilidade e controle de estoque.
Planejamento digital
Para alavancar a promessa do digital, cada empresa de biofarma deve traçar seu próprio caminho. O primeiro passo é estabelecer uma ambição e executá-la.
O levantamento sugere que as empresas geralmente precisam de cinco competências-chave para acompanhar o ritmo das tecnologias e alcançar o futuro: avançar o conhecimento científico por meio do acesso a novas fontes de dados; aplicar os princípios da ciência comportamental para melhorar os resultados dos pacientes; estabelecer uma estrutura de arquitetura corporativa; desenvolver análises preditivas e recursos de IA e possibilitar mudanças culturais.