Votuporanga, no interior de São Paulo, reduziu desperdícios e aumentou escala de atendimentos com implantação do sistema único de gestão de saúde pública
A Saúde Digital já é uma realidade e a cidade de Votuporanga, no interior de São Paulo, é o exemplo de como é possível utilizar a tecnologia para ampliar o acesso ao Sistema SUS de forma mais humanizada. O município é o primeiro a adotar duas soluções da MV para integração dos dados na gestão da saúde pública: Global Health e o Personal Health. Juntas, as plataformas oferecem aos cidadãos e profissionais de saúde toda a informação necessária para um cuidado médico seguro e de qualidade, em qualquer unidade de Saúde de Votuporanga. O pioneirismo da iniciativa fez tanto sucesso, que foi apresentada durante o MV Experience Forum 2022.
Votuporanga possui 96 mil habitantes e pertence a uma regional de Saúde formada por 17 municípios próximos a São José do Rio Preto que, juntos, acolhem cerca de 200 mil pessoas na região, o que tornou mais desafiador o planejamento da transição da gestão para digital.
Com a integração, qualquer profissional de saúde, que acessar o Prontuário Único do paciente (PEP), entrará no mesmo sistema. Na ferramenta é possível incluir dados relevantes ao histórico de saúde, como as características físicas do paciente, suas comorbidades, uma lista de medicamentos que estão em uso, bem como alergias e sinais vitais. Por meio das soluções, tanto o paciente quanto o médico podem acompanhar de perto qualquer progressão.
O projeto também garante que todo o paciente atendido no sistema de saúde tenha acesso aos seus dados, na palma da mão, através do aplicativo Global Health. E, para isso, foi desenvolvido um padrão de visualização do PEP, e todos os diferentes sistemas, com uma interface que é de conhecimento de qualquer médico, independente do ele esteja dando assistência, seja na unidade de atendimento da Santa Casa no Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que também fica em Votuporanga.
O Personal Health é o aplicativo da MV, que pode ser baixado por qualquer morador da cidade e através dele é possível acessar todo o histórico de atendimento, acompanhar graficamente os exames laboratoriais, além do histórico de consultas. Essas informações úteis ficam acessíveis, permitindo que a cidade crie linhas de cuidado aos pacientes e distribua pelo app, facilitando a comunicação com o cidadão e trabalhando em seu comportamento de saúde. Tudo isso permite que o tratamento continue mesmo quando o paciente cruza a porta de saída do hospital.
A cidade de Votuporanga conta com 22 equipes de Estratégia de Saúde de Família já atuantes, com outras dez sendo registradas, além de três equipes no formato de Atenção Primária. Além disso, a cidade possui uma unidade do Samu, uma UPA, um Centro de Especialidade Odontológica (CEO), um Serviço de Atenção às doenças Infectocontagiosas (SAI), dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), um ambulatório de saúde mental e um banco de leite humano.
Para o Dr. Roberto Biazi, diretor da Santa Casa de Votuporanga, o pioneirismo na iniciativa de ter um sistema de gestão de saúde pública 100% integrado é motivo de orgulho e garante a oportunidade de já praticar aquilo que se vislumbra como a Saúde do futuro: uma assistência apoiada em evidências e dados. “A Santa Casa é um hospital filantrópico e que utiliza recursos do SUS. Saber que já estamos praticando uma Saúde Digital nos faz imaginar em todos os resultados em desfechos clínicos que vamos poder oferecer a população”, diz Biazi.
Além dos desafios dos novos inputs, foi necessário trazer o legado dos últimos anos para o sistema atual, totalizando 2,6 milhões de documentos clínicos; 1,6 milhão de exames homolgados em sistema, além de 211 mil usuários únicos do Personal Health.
Para Daniel Martinez, gerente de TI da Santa Casa, os desafios da interoperabilidade entre os sistemas foram superados. “As dificuldades de conectar sistemas distintos eram gigantes e hoje estamos com o projeto concluído e com os aplicativos disponíveis aos cidadãos na Apple Stores e na PlayStore. Quem baixar, verá todos os dados da saúde em um único lugar”, comemora ele.
O acesso facilitado dos dados foi um ganho imensurável, mas o risco de vazamento dos existes e para que isso não aconteça as soluções da MV utilizam medidas protetivas de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). “A Global Health oferece uma segurança à privacidade pois está hospedado em um data center onde os dados são criptografados”, complementa o gerente de TI. Além disso, o município adotou um programa de compliance à proteção de dados baseado nas ISOs da família 27.000 e todos os cidadãos assinaram consentimentos para o uso da informação.
Via: MV