Pesquisas avaliam o uso de inteligência artificial na seleção de óvulos por meio de parcerias internacionais.
Pesquisas recentes estão focadas na aplicação de inteligência artificial (IA) para a seleção de óvulos em técnicas de reprodução assistida, através da Clínica Origen, em Belo Horizonte. Se os resultados forem favoráveis, essa inovação pode redefinir a medicina reprodutiva, trazendo maior esperança, precisão e confiança para aqueles que desejam ter filhos.
O uso da IA para selecionar óvulos apresenta diversas vantagens, como maior eficiência e qualidade na coleta.
“Com o acesso a um extenso banco de dados global, os algoritmos de IA podem realizar uma análise detalhada dos óvulos, identificando características e padrões que frequentemente escapam à observação humana. Mesmo os embriologistas experientes podem não detectar todas as sutilezas que a IA consegue identificar”, afirma Renata de Lima Bossi, professora de pós-graduação da PUC Minas e embriologista-chefe da clínica.
Além disso, a seleção é realizada de maneira não invasiva, evitando a exposição dos gametas a ambientes externos e prolongando o tempo de cultivo em condições ideais, segundo Renata. A segurança dos pacientes é assegurada, pois as identificações usadas são apenas numéricas, preservando a privacidade dos dados pessoais.
A IA já é empregada na seleção dos melhores embriões para transferência, ajudando a calcular as chances de gravidez e a formação de blastocistos. Embora os custos representem um desafio, há expectativas de que, com o tempo, essa tecnologia se torne mais acessível, proporcionando melhores resultados e reduzindo a ansiedade durante o tratamento.